segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

E como seria uma relação sexual na concepção de sexualidade sagrada?

Certamente não é se comportar como santa ou yogui, nem tão pouco é deixar a mente viajar imaginando cenas picantes fora dali, ou simplesmente se virar para cenas de pornografia na TV. Ao contrário, é estar presente 100% no corpo e deixar que suas sensações, percepções, reações e desejos te levem pra fora dos julgamentos estéticos, sociais, etc. Falando analogamente, numa esfera inicial é “abrir bem esses olhos, nariz, ouvidos, boca, pele e coração” para reconhecer o ‘animal divino’ que se mostra apetitoso dentro de você e no olhar do seu parceiro. Esse animal te espreita e te fareja como um bicho faminto e a conexão com esse desejo, faz a nossa fêmea interior, peluda, descabelada e suculenta ‘saltar’. Nessa presença plena dissolvem-se cada parte do ego humano, das faces da personalidade e dos julgamentos e fica somente o espírito erótico, o desejo, o amor ‘sem face’ ou o “Sexo Sagrado”. Com a prática é possível descobrir o que sua ‘Alma de Fêmea’ necessita para saltar: sons, cheiros, enfim, quais elementos da natureza são convidativos e evocam o Eros. E a mulher que tem essa prática e esse conhecimento, aciona em si um ‘radar’ que identifica o parceiro que evoca isso pra ela e com quem ela possa ser livre. Mas hoje a mulher moderna é depilada, ops, “lapidada” demais, mental demais, domesticada demais e totalmente desconectada de seu corpo para conseguir esse estado naturalmente. É preciso uma ajudinha para se lembrar. E as que já sabem, com o tempo, podem despertar seus parceiros e sustentar esse ‘espírito’ entre eles por quanto tempo quiserem antes do apogeu orgástico.
~ Dúnia La Luna

Sexualidade Plena - Luciane Lima

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